Muitas vezes o material que se reune como registro das intervenções é tosco, ou é ruim, ou não ficou nítido, enfim, tem problemas.
Nem sempre isso significa um problema se somos criativos e persistentes.
Os dois vídeos a seguir são um bom exemplo de como pode-se manipular a informação de forma que ela fique interessante, sem necessariamente ter uma base bem resolvida.
O vídeo Sal grosso possui imagens extremamente corriqueiras, nem tão bem capturadas que aliado a um conteúdo (texto) extremamente rico, interessante e poético, nos dá uma outra leitura do que estamos assisitindo.
Tudo o que não c[r]io é f[r]icção é na mesma linha, apesar de mais abstrato. A base do vídeo é um teste de câmera qualquer que, manipulado, cria imagens significativas. Note que no final do vídeo o referido teste é mostrado na íntegra. Vê-se como alguns minutos descompromissados podem tornar-se uma obra distinta.
Outra referência interessante é o trabalho dos poetas concretistas. Neste site que faz parte de uma exposição que esteve no Palácio das Artes no ano passado existem alguns trabalhos e várias referências para se adentrar no universo destes poetas que são fundamentais para a poesia contemporânea, bem como para o design gráfico contemporâneo no Brasil.
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